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A agricultura regenerativa (AR) tem se destacado como uma solução viável para restaurar ecossistemas agrícolas degradados e, ao mesmo tempo, melhorar a produtividade e sustentabilidade das fazendas. Diferente da agricultura convencional, que muitas vezes esgota os recursos naturais, a AR busca regenerar a saúde do solo, aumentar a biodiversidade e sequestrar carbono. Práticas como a redução do uso de arados, a rotação de culturas e a integração de animais são comumente adotadas para alcançar esses objetivos. De acordo com o estudo de Thomas et al. (2023), “a falta de uma definição padronizada da AR dificulta a aplicação e entendimento de seus benefícios em larga escala”.

Um dos principais desafios enfrentados pela AR é a avaliação de seus impactos econômicos e ambientais. Embora muitas pesquisas mostrem os benefícios da AR, como o aumento da retenção de água no solo e a redução da erosão, ainda há escassez de dados empíricos que possam convencer os agricultores a adotarem essas práticas. O artigo de Thomas e colaboradores sugere que a adoção de tecnologias avançadas, como o aprendizado de máquina, pode ajudar a melhorar a avaliação dos benefícios bioeconômicos da AR, permitindo uma análise mais precisa dos impactos regionais e globais.

Apesar dos desafios, a agricultura regenerativa tem ganhado destaque em várias regiões do mundo, com estudos mostrando seu potencial em mitigar mudanças climáticas e aumentar a segurança alimentar. Em regiões como a África, onde a degradação do solo afeta gravemente a produção agrícola, práticas regenerativas já demonstram resultados positivos na restauração de paisagens e no aumento da produção de alimentos. Assim, a AR surge como uma abordagem promissora não apenas para preservar o meio ambiente, mas também para garantir o sustento de milhões de agricultores ao redor do mundo.

Fonte: Thomas, D. T., et al. Global Application of Regenerative Agriculture: A Review of Definitions and Assessment Approaches (2023). MDPI. Disponível em: https://tinyurl.com/27h4f38u.

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